A dinâmica do filme é simples.
Os personagens foram criados de forma a realmente dar um tom de comédia ao filme durante todo o tempo. Não é uma comédia do tipo “pastelão”.
Os pais de um homem feito, que continua a morar com eles, resolvem contratar uma profissional para ajudar a levar o rapaz a decidir por sair de casa. Assim se estabelece logo no início o tema principal desta comédia romântica.
O que faz o filme valer a pena são os diálogos de um humor sóbrio, sem palavreados deselegantes.
A amiga da profissional contratada traz um contraste muito bom à personagem principal, e os companheiro daquele que mora com os pais não menos.
À medida que a história se desenrola, o casal protagonista terá a chance de ver seus rumos mudados.
É o tipo de história para se ver com calma, com uma pessoa querida ou para quebrar um pouco o stress num momento de tranquilidade. É um filme tranquilo, com tiradas rápidas e conversas diretas.
Destaque para o tordo, um pássaro que incomoda a amiga com que vive a personagem principal. Ela quer se livrar do barulho que o pássaro faz bem à sua janela, e encontrará ajuda. O que se segue, neste momento também rápido do filme é um grande atropelo num salvamento inusitado.
Mas fica especialmente o destaque para a conversa final dos protagonistas, que olhando e falando um com o outro acabam por terem de tomar uma decisão.
E o homem que antes vivia com os pais terá de decidir o que fazer frente a tal conversa.
A proposta que ela lhe faz tem um tom que remete aos dias de hoje, em que as pessoas imaginam que casar-se e constituir família contrasta com alegria e diversão.
É uma “comédia romântica”, e pode, é claro, ter momentos ou cenas de que você não goste, que cremos serão poucas.
Os atores são bons, e trabalharam muito bem, e demonstram como podemos nós mesmos complicar nossas próprias vidas.
E se você ainda não viu o filme, e decidir vê-lo, não desista dele quando as letras finais começarem a subir na tela.
O título em inglês é “Failure to Launch”, lançado em 2006.