A Game of Thrones (A Guerra dos Tronos) – Ficção que prende o leitor

 

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A literatura de fantasia é devedora a J.R.R.Tolkien por Lord of the Rings (O Senhor dos Anéis) e The Hobbit (O Hobbit), que trouxeram à ficção a riqueza dos cenários e do drama da luta pelo anel mágico do poder. A obra de C.S. Lewis, com The Chronicles of Narnia (As Crônicas de Nárnia) é também um marco que demonstra como a literatura de ficção pode ser divertida e ao mesmo tempo significativa. J.K.Rowling mostrou com Harry Potter a aventura e a ficção mescladas com o crescimento em idade e experiência de seus personagens.

Mas uma outra obra de ficção tem feito sucesso – A Game of Thrones (A Guerra dos Tronos) do escritor George Martin.

 

Diferentemente das demais obras citadas, A Game of Thrones (A Guerra dos Tronos) não é considerada uma obra de fantasia comum. Enquanto a fantasia clássica recai na categoria de histórias voltadas para um público de idades diversas, mas especialmente para faixas etárias infantis e infanto juvenis e jovens, A Game of Thrones tem um tom adulto.

O tom é dado nos cenários de violência e guerra criados, descritos de forma mais realista e também na narrativa densa que descreve cenas também de relações entre homens e mulheres. A linguagem é pesada para alguns.

No entanto, o que mais pode-se dizer desta obra é que ela tem uma dinâmica que atrai os amantes de aventura e de narrativas medievais. George Martin situa o leitor em um ambiente que se equilibra entre a fantasia das cortes medievais das narrativas de guerras do rei Arthur e seus cavaleiros e a realidade sangrenta das verdadeiras histórias de lutas da era medieval.

Dividida em 5 livros, em que os capítulos não ganham números ou títulos, mas não nomeados pelos personagens que dominam o ponto de vista de cada um deles, a obra nos leva de um lugar a outro do mundo criado por Martin e de uma situação a outra, e de batalha em batalha.

Quando dizemos “batalha”, não falamos simplesmente da luta com espadas, lanças e soldados, mas da batalha pessoal dos personagens, das transformações que sofrem no decorrer da história.

A perspectiva de morte está presente em cada capítulo, e o jogo político e de sobrevivência pessoal também.


No entanto não faltam à obra personagens fantásticos e fantasmagóricos, que vão crescendo na narrativa.

Em nossa opinião podemos sim colocar A Game of Thrones lado a lado com a obra de Lewis, Tolkien e Rowling, mas não no mesmo nível poético de tais obras. Martin é menos poético. A forma como escreve porém é envolvente e mantém o leitor no mundo que ele criou, desejoso de saber como tantas situações criadas irão ao final ser resolvidas.

Se você é um amanta de cenários medievais, de criaturas fantásticas, lutas de espadas, experimente a obra de George Martin.

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