Uma das boas características dos brasileiros é encontrar formas divertidas e ao mesmo tempo verdadeiras de retratar realidades nem sempre agradáveis. Em “O Presidente” vemos exatamente isso.
A política brasileira, contaminada de forma tão forte por acordos duvidosos e escândalos é mostrada com bastante propriedade e ao mesmo tempo leva quem o assiste a divertir-se.
A linguagem utilizada pode ser contundente e não educativa, mas as caricaturas do candidato à presidência e daqueles que o cercam são bastante realistas, mesmo que cômicas.
A mensagem final do filme, no entanto, deveria ser ouvida e aprendida por todos.
O exemplo fictício da atitude tomada pelo personagem principal, se visto na vida real, com certeza seria muito salutar e significativo para todo o país. Diríamos por fim que “O Presidente” deveria ser visto por todos os que tem idade para votar, pois mostra o que temos de fato visto em nossa política, e fariam bem os políticos em vê-lo.
Sabemos que, como em toda a atividade humana, há bons e maus políticos, e em “O Presidente” há momentos e diálogos em que se pode ver como alguém, mesmo tendo começado bem, ou iniciado uma carreira política com boas intenções, pode ser contaminado e enveredar por caminho diverso.
O filme é irreverente, às vezes com linguagem não recomendada e diríamos desnecessária, mas mesmo assim deixamos aqui nossa apreciação pela boa mostra que o filme faz de como funciona uma máquina política poluída, e ao mesmo tempo pelos momentos de diversão que proporciona.
Revela como a corrupção, mentira, roubo e dissimulação estão presentes mesmo entre os que se dizem a serviço de causas nobres e até religiosas no que diz respeito à política nacional – e isso os brasileiros tem visto com constância nos noticiários de todos os dias.
As cenas e frases finais merecem especial atenção.
