Bem-vindo à vida – People like us


A Dreamworks Pictures e Reliance Entertainment trouxeram a público em 2012 esta produção (Bem-vindo à vidaPeople like us) inspirada na experiência de vida de Alex Kurtzman, que dirigiu o filme e que também ajudou a escrever tal trabalho juntamente com Roberto Orci e Jody Lambert.

Esta história dá um exemplo de que a vida pode ser muito complicada, e nós, seres humanos comuns, temos o hábito de complicá-la ainda mais, e como os atos de uma pessoa, e os erros cometidos, podem trazer grande dor a todos os que estão envolvidos.

 

Mostra como uma família pode ser abalada com um erro cometido, mas que a atitude após o erro pode causar feridas que se tornam perenes. Ao mesmo tempo o filme mostra o caminho da restauração de relacionamentos, de como se pode fazer as pazes com o passado, e então começar algo novo. No filme, Sam Harper, um rapaz talentoso mas irresponsável e egoísta fica sabendo da morte de seu pai, que ele não vê já faz bom tempo.

Sua esposa vai com ele para o enterro do pai, mas ele faz o que pode para evitar que a viagem aconteça. Por fim, conseguem pegar um avião pela determinação de sua esposa.

Ele chega ao local, mas quando o enterro já terminou e encontra sua mãe. O encontro não é caloroso ou terno.


Sam quer partir o mais rápido que puder, e está mais interessado em saber o que pode lucrar com a morte do pai do que com o que possa estar sentindo sua mãe. Eles terão de se haver com suas mágoas e descobrirão uma nova realidade para seu relacionamento no decorrer da trama.

Então Sam encontra-se com o advogado do pai que lhe entrega 150 mil dólares. Tal quantia é algo que pode salvar Sam da confusão financeira que ele deixou para trás no início da história.

A princípio isso lhe traz grande satisfação, mas um bilhete escrito por seu pai diz que ele, Sam, deve levar o dinheiro para outras pessoas.

Será revelada em seguida a história de uma família atingida por um acontecimento do passado que causou rompimentos, e que ainda gera sofrimento.

Sam vai descobrir que tem uma irmã nascida de um relacionamento extra conjugal de seu pai.

As revelações não vão ficar somente nisso. Sam, uma pessoa que sempre evitou o pai, irá confrontar-se consigo mesmo, e terá de tomar decisões que mudarão o rumo de sua vida, da vida de sua mãe, e também de outras pessoas (sua irmã e seu sobrinho) que ele nem sabia que existiam. Enquanto isso ele verá também o relacionamento com sua esposa tornar-se caótico.

Não é um filme de ação física, de corridas de carros, tiros e barulho, mas sim uma história de ação psicológica e relacional, que em sua quietude trata de questões que no mundo de hoje afeta famílias com cada vez mais frequência.

 


 

Chris Pine faz bem o papel de Sam Harper, e Michele Pfeiffer faz o papel de sua, que fará suas próprias revelações no decorrer da história, com um ponto muito interessante: seu encontro com Josh, filho da irmã de Sam. O final tem um charme especial, numa cena que mostra mais um começo ou retomada de um relacionamento fraterno que nunca deveria ter sido impedido. Uma jornada de descoberta, perdão, reconciliação e recomeço – isso é o que mostra este filme simples mas profundo. 

eBooks.com

É interessante ouvir o testemunho do diretor após ver o filme, e saber que não da mesma forma que Sam, sua história o fez pensar no enredo e realizar tal projeto.

E por fim, é bom refletir nas decisões que tomamos agora, porque elas realmente tem efeito nas pessoas que amamos, e naqueles que virão de tais pessoas. Como reconciliar-se com o próprio coração? Como mudar de rumo em relação a si mesmo? Como fazer as pazes com o passado? Como atitudes que antes não compreendemos podem de repente ser entendidas? Como conseguir a paz diante da própria história conturbada e das mágoas e ressentimentos do passado?

Bem-vindo à vida (people like us) ajuda a pensar sobre tais coisas.

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *